quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Portugal caiu no abismo!




Há duas palavras que já não suporto ouvir: troika e austeridade. Infelizmente, vamos continuar a ser bombardeados com estes e outros desígnios de uma crise monstruosa! Portugal caiu mesmo no abismo e, muito dificilmente, se voltará a reerguer das cinzas, como aconteceu com a Fénix, se continuarmos a ser governados por esta autêntica ditadura. Já nem falo em cores partidárias, porque, sinceramente, nesta altura, o que é preciso é a união do povo a uma só voz para deitar abaixo estes governantes. Só assim é que eles vão cair porque de outra forma não têm a dignidade de deixar o barco que colocaram à deriva no meio do oceano desde que tomaram posse.
O meu voto não foi para eles mas tal como muitos portugueses enfrentamos as consequências daquilo que não ajudamos a criar e estamos a pagar uma crise para a qual não contribuímos. E, as principais vítimas no meio de tudo isto são os trabalhadores. De acordo com dados revelados, esta semana, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mais de 155 mil trabalhadores recebem menos de 310 euros por mês, num crescimento de quatro por centro entre Setembro de 2011 e 2012. E, mais de um terços do proletariado leva para casa menos de 600 euros. Resultado disto: no último ano e meio Portugal perder mais de 200 mil cidadãos que foram obrigados a emigrar em busca de melhores condições de vida e trabalho.
No mesmo estudo, vários especialistas afirmam que no final do primeiro semestre deste ano teremos os salários mais baixos da União Europeia. Como querem que o país evolua se não há poder de compra? Agora que acabou a classe média já só existem os pobres e ricos, e, os nossos políticos, esquecem-se que era o sector intermediário um dos principais suportes da economia do país. Tudo a troika levou e ainda vai levar mais porque o aperto do cinto não se vai ficar por aqui e mais medidas de opressão vão continuar a ser tomadas asfixiando cada vez mais o comum cidadão.
Como é possível falar-se na possibilidade de se pagar 49 euros por uma ida às urgências nos hospitais públicos? Porque é que descontamos então para a Segurança Social? Para sermos obrigados a pagar esta monstruosidade? Devem querer que morra a maior parte da população, sobretudo a idosa, porque, agora, quem não tiver dinheiro não pode estar doente. São estas e outras questões que povoam a minha cabeça, e a de muitos cidadãos atentos ao que se passa neste país que está a ser destruído aos poucos. Infelizmente ainda não encontrei as respostas…

Susana Cardoso

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