quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A Promessa do Anjo

Título: A Promessa do Anjo
Autores: Frédéric Lenoir e Violette Cabesos
Título original: La Promesse de L’Angle, Éditions Albin Michel 2004
Tradução: Catarina Rocha Lima
Editora: Difel 82 - Difusão Editorial, Fevereiro 2006
Páginas: 438


Sinopse:
Mortes, Rituais, Segredos Milenares, Amores Proibidos, ao longo de uma história que perdurou no tempo…
Uma rocha na costa da Normandia açoitada pelas tempestades, um lugar de cultos primitivos celtas que foi santificado pelos primeiros cristãos: o Mont-Saint-Michel ainda não revelou todos os seus segredos. No início do século XI, os construtores de catedrais ergueram em honra do arcanjo Miguel, guia das almas ao Além, uma enorme abadia.
Mil anos mais tarde, Johanna, uma jovem arqueóloga apaixonada pela Idade Média e encarregue de levar a cabo escavações na célebre abadia beneditina, encontra-se prisioneira de um enigma no qual passado e presente se unem de forma estranha.
Mortes rituais, segredos milenares, amores proibidos do passado que renascem impetuosos no presente. A jovem arqueóloga tem de percorrer um caminho de volta ao passado, que a situa perante uma história que perdurou no tempo à espera do desenlace final, enquanto uma voz nos seus sonhos lhe repete: «Há que escavar na terra para aceder ao céu.» 


Opinião:
Comprei este livro depois de uma amiga minha ter visitado o tão afamado Mont-Saint-Michel e me ter encantado com todos os pormenores aliciantes daquela visita, além dos segredos cravados em cada rocha daquele catedral erguida num rochedo fustigado pelas tempestades, no século XI, em honra do Arcanjo Miguel. Este foi sempre, através dos séculos, um local sagrado. Desde o universo céltico pagão até ao cristianismo medieval, esteve profundamente ligado a práticas mítico-religiosas.
O entusiasmo inicial não saiu defraudado porque esta é uma obra super cativante que inevitavelmente teria de fazer parte da lista literária da minha vida. Pois é, tal como temos uma banda sonora para cada momento que passamos (eu pelos tenho J, achei por bem criar a minha própria lista literária, da qual fazem parte os livros que mais me marcaram nos últimos anos. E, este é um deles. Apaixonado por arqueologia e pela história, juntei então o útil ao agradável e confesso que os autores conseguiram mesmo transportar-me para aquele monumento sagrado, que só conhecia através de imagens e de um postal que a minha amiga me trouxe daquela ilha francesa.
Trata-se de uma história cativante, muito bem escrita, plena de suspense, e que prende o leitor em cada página. Por isso não foi de estranhar que tenha sido premiada com o “Prix des Maisons de la Presse 2004” e durante quase um ano esteve no top de vendas em França.
A obra conta a história de Johanna, uma jovem arqueóloga apaixonada pela Idade Média, que desde a infância ouve uma voz, nos seus sonhos, que lhe diz: "Ad accedendum ad caelum, terram fodere opportet" (Há que escavar na terra para aceder ao céu). Mil anos mais tarde, é incumbida da missão de fazer escavações na abadia beneditina e fica prisioneira de um enigma no qual o passado e o presente se unem de forma estranha, face a mortes rituais, segredos milenares e amores proibidos que renascem no presente. Este cenário inesperado acaba por obrigar a jovem arqueóloga a uma retrospectiva no tempo e a perceber o porquê da célebre frase que sempre a intrigou “há que escavar na terra para aceder ao céu”. Ou seja, e resumindo de forma prática, colhemos aquilo que semeamos. Muito mistério e vários enigmas por descodificar fazem deste um livro obrigatório para quem como eu adora a história.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Fazer o que se gosta é uma dádiva

A minha experiência de vida permite me afirmar que uma das velhas máximas não podia ser mais certeira: Fazer o que se gosta é uma dádiva. Ti...